Para comemorar
28ª Fenadoce encerra com mais de 300 mil visitantes
Feira teve 1,8 milhão de doces vendidos, superando os números de 2019 em uma edição marcada pela retomada após dois anos
Carlos Queiroz -
Nos mesmos pavilhões onde a esperança começou a retornar após as dores da pandemia, no Centro de Eventos, espaço que recebeu a realização da vacinação em massa da população pelotense no ano passado, agora 313 mil pessoas sentiram o delicioso sabor de voltar a vivenciar a Fenadoce. Como propunha o slogan da 28ª edição, foram “doces reencontros” entre amigos, famílias e um dos símbolos de Pelotas. No balanço, dados a serem celebrados, já que a feira superou os números da última edição, de 2019, em praticamente todos os quesitos e fechou com saldo de 1,8 milhão de doces vendidos entre os dias 3 e 19 de junho.
Foram 735 excursões, além de um fluxo de veículos 30% maior do que nos outros anos. Dos 313 mil visitantes, 45 mil foram alunos da rede pública de ensino da região. Dentro das várias opções da Fenadoce, a Feira da Agricultura Familiar encerrou a edição quebrando recordes: mais de R$ 1 milhão em vendas, o maior valor desde que o espaço foi criado.
Para o membro da Comissão Organizadora, Enio Ferreira, esta foi, de fato, uma Fenadoce para quebrar recordes. “Sabíamos que havia essa chance, mas falamos desde o início que o nosso objetivo principal era criar esse clima de reencontros, fomentar a nossa economia e proporcionar emoções.” Ele celebra as excursões de diversos pontos do país e também do Uruguai, gerando grande movimentação durante todos os dias de evento. “Essas são provas de que fizemos a feira das feiras, com um saldo positivo que vai trazer ainda mais esperança para a retomada de toda a economia da região.”
Por meio de nota, enviada pela assessoria do evento, a presidente da Associação das Doceiras, Simone Bica, pontua que a retomada da Fenadoce significa um novo momento para todo o setor e destaca, mais uma vez, a força da tradição doceira. “Os doces representam Pelotas, conquistam os turistas, atraem milhares de visitantes. Esse é um tesouro que nós temos e precisamos valorizar. A Fenadoce deste ano destacou ainda mais a nossa força doceira, e em número de vendas superamos todas as expectativas desde os primeiros dias”, salienta.
Comerciantes celebram a retomada
A doceira Magda Siqueira da Silva participou de todas as 28 edições da Fenadoce. Este ano, conforme aponta, foi ainda mais especial. Embora pessoalmente considere que houve outros anos com número bruto de vendas maior, a retomada após dois anos sem o evento é motivo de celebração. “Eu estava quase louca para voltar logo”, brinca. Ela avalia que a grande quantidade de pessoas de outras cidades foi um fator positivo neste ano. “Graças a Deus foi bom. Dois anos sem trabalhar, então foi um presente”, celebra. A doceira diz ainda que os queridinhos do público não fogem do padrão: quindim, ninho e bombom de morango.
Além dos doces, as temperaturas baixas foram aliadas dos vendedores neste ano, segundo o lojista Sérgio Hubner, que veio da cidade de Três de Maio, no Noroeste do Estado, para vender roupas de lã. “Apesar de tudo, da pandemia, está sendo muito bom”, celebra. Hubner já expôs outras vezes na Fenadoce e pondera que no passado, sem a crise econômica, as vendas chegaram a ser melhores, mas que, de qualquer maneira, 2022 foi um ano surpreendente, especialmente pela grande presença de público. Ele garante que ano que vem estará de volta.
Para os visitantes, oportunidade de aproveitar
Vinda de São Lourenço do Sul, a família de Miguel Buttendbender visitou a Fenadoce pela primeira vez - e com um ar especial: a ida foi uma surpresa, organizada para as filhas Gisele, de 11 anos, e Manu, de três. Já na chegada, a mais velha comemorou a possibilidade de curtir o parque e comer doces recheados com brigadeiro, seus favoritos. Já a pequena ficou encantada pela Formiguinha, um dos símbolos do evento, em que aproveitou para montar e tirar fotos.
De ainda mais longe, a organizadora de turismo Claudete Renke trouxe 20 pessoas de Gravataí. Ela elogiou esta edição da Fenadoce e comemorou o momento de retomada, dizendo que o público está sedento por feiras, começando a procurar novamente, após mais de dois anos de atividades suspensas.
Comparativo
Em 2019, a 27ª edição havia registrado 246 mil visitantes com 1,3 milhão de doces vendidos. Além disso, foram mais de 900 excursões e 45 mil alunos que visitaram o evento. A Feira da Agricultura Familiar havia finalizado com cerca de R$ 730 mil em vendas.
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